27 de jan. de 2010

Filme: Um Profeta (Un Prophéte), dir. Jacques Audiard, 2009

O roteiro não é original, mas dentro do gênero filmes de prisão este tem uma trama excepcional. O ator é ótimo e o multiculturalismo dá um tom moderno ao filme. Um rapaz de 19 anos, filho de árabe e francês, analfabeto, numa cadeia dominada por corsos. O enredo trata de sua sobrevivência e ascensão no crime dentro desse microcosmo onde prevalece a moral maquiavélica dos fins em detrimento dos meios . Boa obra pra quem gosta dessa linha.

Sinopse:
"O jovem Malik El Djebena (o fantástico Tahar Rahim) acompanha, na delegacia de polícia, a chegada revoltada de mais um preso. Ele acaba de ser informado por seu advogado (Rabah Loucif) que terá que cumprir uma condenação de seis anos de prisão. A caminho da penitenciária, ele guarda no velho tênis um bilhete de dinheiro e vê, pelo vidro do veículo, as últimas paisagens a que terá direito de vislumbrar por muito tempo. Chegando na prisão, ele vive sozinho, até que o grupo liderado por César Luciani (o excelente Niels Arestrup) lhe coloca contra a parede em um plano de homicídio dentro da penitenciária. Sendo obrigado a se aproximar dos bandidos da Córsega, Malik é visto pelos árabes, sua etnia de origem, como traidor. Para sobreviver dentro da prisão, ele se submete às ordens de Luciani, mas insiste em dizer que trabalha para si mesmo".

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24 de jan. de 2010

Filme: Home, dir. Ursula Meier, 2008

Primeiro longa metragem da franco suíça Ursula Meier antecipa a noção que daqui por diante será cada vez mais recorrente _ na era das máquinas, a ideia de progresso, que sempre ostentou sinal positivo, ganha tons negativos. No início do século XIX, quando o positivismo erigiu a máxima do progresso como ganho de vida, até às propagandas do american way of life, com sonhos de eletrodomésticos formidáveis, que de fato são muito funcionais, a ideia de progresso manteve boa reputação. Todavia, já na década de 90, quando as contra-utopias começam a ganhar realidade (aqueles filmecos catastróficos, onde falta água, gasolina, comida, os bichos morrem, as pessoas enlouquecem a la Mad Max etc) a idéia de progresso começa a declinar de fato, mesmo na cabeça das massas. Neste filme, no qual uma família rural francesa vive muito bem, em harmonia quase naturalista, Ursula nos surpreende com uma virada na vida deles após a ativação da rodovia em frente. O progresso revela-se infortúnio e eles praticamente enlouquecem por causa do barulho: como já havia escrito noutro lugar, bem antes de assistir à película _ "Em São Paulo, despeja-se tanto rumor que o sujeito pode levar uma vida inteira até descobrir que está completamente louco". Desse ponto de vista, as noções de moderno, progresso e avanço são postas pelo avesso.
O filme não é obra-prima, mas sem dúvida vale a pena ser visto, considero boa a estreia da diretora.

Direção: Ursula Meier
Argumento - Ursula Meier, Antoine Jaccoud, Raphaëlle Valbrune, Gilles Taurand e Olivier Lorelle
Com Colaboração de Alice Winocour
Directora de Fotografia - Agnès Godard

Suíça, França, Bélgica, 2008
Duração: 95 min


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23 de jan. de 2010

Filme: Sinédoque, Nova Iorque (Synecdoche, New York) dir. Charlie Kaufman, 2008

Sinédoque:
n substantivo feminino
Rubrica: estilística, retórica.
tipo especial de metonímia baseada na relação quantitativa entre o significado original da palavra us. e o conteúdo ou referente mentado; os casos mais comuns são: parte pelo todo: braços para a lavoura por 'homens, trabalhadores'; gênero pela espécie ou vice-versa: a sociedade por 'a alta sociedade', a maldade do homem por 'da espécie humana'; singular pelo plural ou vice-versa: é preciso pensar na criança por 'nas crianças'


Esse filme, que não chega a ser bom nem ruim, que tem lá seus altos e baixos, mas que vale a pena ser visto, representa um fato comum no cinema estadunidense: quando tentam escapar às fórmulas prontas do cinemão comercial lhes falta profundidade. Este, ao tentar se aprofundar, realizando uma leitura da Náusea sartreana, acaba por realizar uma leitura equivocada: a contingência dos existentes, a falta de propósito da vida pré-determinada, sem deus nem causa anterior, a angústia: toda escolha no presente nadifica as demais possibilidades que estavam em aberto, o tempo do corpo como decrepitude e morte etc., ou seja, tudo o que em Sartre desemboca na idéia de projeto coletivo e liberdade concreta e historicizada, luta de classes e mudança política, quando se aproxima do marxismo no "Existencialismo é um Humanismo", no filme fica a meio caminho do pensador e se mistura ao drama do burguês americano sem projeto. Para o diretor, a liberdade é perda e a vida é corpo em deterioração. O filme, de posse dos conceitos existencialistas, em flagrante traição ao pensamento francês, revela uma espécie de homem que se atolou na Náusea.

Sinopse:
"A vida do diretor de teatro Caden Cotard na pequena Schenectady, Nova York, sai da monotonia para virar um caos. A esposa Adele o deixou para tentar fazer carreira como pintora em Berlim, na Alemanha, levando a filha Olive com ela. Um novo e prematuro relacionamento de Caden com a sedutora Hazel vai por água a baixo. Uma misteriosa condição vai sistematicamente definhando seu corpo e mente. Preocupado com essa vida provisória, ele muda a companhia de teatro para um depósito na cidade de Nova York. E ali, forja uma celebração ao mundano".
Direção: Charlie Kaufman
Ano: 2008
Elenco: Philip Seymour Hoffman, Michelle Williams, Catherine Keener, Jennifer Jason Leigh, Samantha Morton, Emily Watson, Dianne Wiest, Hope Davis, Tim Guinee, Lynn Cohen, Josh Pais, Amy Spanger, Robin Weigert, Tom Noonan, Daniel London


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Pra quem quiser, legenda em português:
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18 de jan. de 2010

Filme: Baixio das Bestas, dir. Cláudio Assis, 2007

RAZOÁVEL

Baixio das Bestas não é um grande filme, há várias pontas soltas que exigiriam melhor acabamento: o surgimento do Maracatu no meio do enredo, a morte do velho, a função do cavador de fossas etc. No entanto, também não é um filme que se odeie (tal como os filmecos de Daniel Filho), salvo quem deteste de antemão toda obra influenciada pelo naturalismo. As cenas são violentas como tudo o que nos rodeia hoje, não poupa o espectador com nenhum verniz aburguesado, a violência é crua, no máximo mal passada, conforme o distanciamento da câmera. O tema é importante, os atores são bons, a fotografia é boa, mas não dá, por mais que se torça pelo cine nacional, pra colocá-lo entre os grandes, no mesmo nível de Abril Despedaçado, A Ostra e o Vento, Cidade de Deus, O Homem que Virou Suco, Pixote...

Comentário de quem gostou muito neste link: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/05/09/295681173.asp

  • título original:Baixio das Bestas
  • gênero:Drama
  • duração:01 hs 20 min
  • ano de lançamento:2007
  • site oficial:http://www.baixiodasbestas.com.br
  • estúdio:Parabólica Brasil
  • distribuidora:Imovision
  • direção: Cláudio Assis
  • roteiro:Júlia Moraes e Cláudio Assis
  • produção:
  • música:Pupillo
  • fotografia:Walter Carvalho
  • direção de arte:
  • figurino:Joana Gatis
  • edição:Karen Harley

Sinopse:
"Auxiliadora (Mariah Teixeira) é uma jovem de 16 anos explorada e mantida dentro de casa pelo avô Heitor (Fernando Teixeira) em um pequeno povoado na Zona da Mata pernambucana. Durante algumas noites, o avô leva a garota ao posto de gasolina para expô-la nua a troco de alguns reais. Na cidade, Everardo (Matheus Nachtergaele) e Cícero (Caio Blat) promovem orgias violentas na casa de Dona Margarida (Conceição Camarotti), onde moram algumas prostitutas. As vidas de todos se entrelaçam em um drama sobre a condição da mulher naquela região".

Sou contra baixar filmes brasileiros dada a escassez dos recursos disponíves, mas esse não consegui assistir nem em sessões especiais. Então, lá vai...

  1. http://www.megaupload.com/?d=YE2SUIWX
  2. http://www.megaupload.com/?d=6049RU20
  3. http://www.megaupload.com/?d=8UU7PUAQ

16 de jan. de 2010

Filme: Cover Boy, A Última Revolução, dir. Carmine Amoroso, 2007

RAZOÁVEL PRA BOM

Está aí um filme sem muita pretensão que acaba agradando. Mostra a dificuldade de dois rapazes, um nativo, italiano, outro romeno, em driblar o rígido posicionamento das classes sociais, numa época em que os postos de trabalho escasseam de modo endógeno, de dentro pra fora do sistema, com crise ou crescimento. Ambientado em Roma, tema de vários clássicos sobre crítica social, o filme, diferentemente dos demais, não aborda somente a exclusão, mas a existência, o fluir dos sujeitos, com todas as possibilidades em aberto, dentro deste visgo econômico. Como o enredo não é fatalista, permite um certo otimismo através de como esses dois indivíduos brandamente e com a ajuda do acaso se superam.

Sinopse:
"Cover-boy é um filme independente, que nos mostra a amizade entre Ioan, romeno, e Michele, italiano de Abruzzo. Dois mundos que se encontram casualmente em Roma. Um deles, filho da revolução pós-comunista, que sai do próprio país em busca de um futuro melhor, e o outro que, passando por muitos trabalhos temporários, tenta escapar de uma crise não somente econômica, mas sobretudo existencial e humana. Este filme nos apresenta uma Europa atual, extenuada, de um lado pela queda da ideologia comunista, de outro pelo aumento das desigualdades sociais e pela precariedade do trabalho. Nesta luta pela sobrevivência, às margens da cidade, o filme nos mostra como é possível nascer um vínculo de verdadeira amizade e de amor não confessado..."

Ficha Técnica:
Título Original: Cover Boy - L'ultima rivoluzione
País de Origem: Itália
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 97 min
Ano de Lançamento: 2007
Direção: Carmine Amoroso


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Opção torrent:
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Filme: O Castelo (Das Schloss), dir. Michael Haneke, 1997

RAZOÁVEL MAS IMPORTANTE

Outro filme de Haneke que não passa de razoável, apesar da ousada e louvável tentativa de adaptar uma das melhores obras de Kafka para o cinema. A parte positiva do filme, que deveria ser visto e comparado ao livro (considero muito enriquecedor tal cruzamento semiótico, duas formidáveis linguagens se cruzando), fica por conta da boa interação entre diretor e ator principal. O senhor K. da minha imaginação, ao ler o livro, não poderia ser melhor ilustrado, acertadíssima escolha do ótimo Ulrich Mühe para o papel central. Todavia, Haneke incorre no mesmo erro das várias adaptações que existem por aí: tentam não trair o livro e se tornam literais demais (acabo de ouvir isso de Lavoura Arcaica, que ainda não assisti, embora tenha gostado muito do livro). A frase central do Castelo, que resume a relação de Kafka com as super e micro-estruturas do poder, que poderia estar tanto no Processo, no Castelo, na Colônia Penal etc:
"(...) Mas é verdade que estava pensando em outras coisas além das boas maneiras, pois se tratava de minha existência, que está ameaçada por um sistema administrativo ultrajante, cujos pormenores não preciso expor ao senhor, já que o senhor mesmo é um elo ativo dessa autoridade".

deveria dominar toda a "atmosfera" do filme e não aparecer literalmente, tal como outras falas com o mesmo teor... o que torna o filme mais explícito do que a atmosfera kafkiana permite. Em suma, outro filme meio monótono de Haneke, mas que vale ser visto, sem aquela frescura que obra-prima da literatura não deve ser filmada.

Direção: Michael Haneke
Roteiro:
Michael Haneke, baseado na obra de Franz Kafka
Título Original: Das Schloß
Origem: Áustria
Duração: 96 min
Idioma: Alemão
Legendas: Português

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14 de jan. de 2010

Filme: Caché, dir. Michel Haneke, 2005

RAZOÁVEL PRA RUIM

O filme é sobre um mistério.
Ganhador de Cannes, Michael Haneke (A Pianista, Violência Gratuita etc) é reputado um dos bons diretores do momento... mas, cá entre nós, o filme poderia ser bem melhor, este lembra muito as charlatanices de Hitchcock (diretor de proveta, feito nos laboratórios de Marketing).
Sumário modo, um pequeno burguês da classe média intelectual francesa começa a receber imagens gravadas em segredo do cotidiano de sua pacata vidinha. Tais fitas, que são misteriosamente depositadas em sua porta (fato bem pouco crível na era das web cam, que cabem dentro de uma caneta), servem de espelho para o repasse de uma eventual falha moral do passado (daí o título escondido, oculto, que poderia ser "todo mundo tem suas caveiras no armário"). Com isso revela-se a hipocrisia de nossas convenções sociais: um bom casamento é baseado em mútua confiança, somos felizes e bem casados, somos honestos e decentes... toda essa balela que a gente está careca de saber que é hipocrisia mística do ser humano dentro de sua classe social.
No entanto, esteticamente falando, o filme é monótono, a câmera fica parada em frente à casa do casal por vários segundos, as costas de sua esposa são filmadas por quase um minuto, a frente da escola do garoto idem.. ora, tudo isso é falta grave nesta arte, já que a monotonia é a morte do cinema.
Não contente com essa modorra toda, o filme acaba sem desenlace, sem fim e dizer que filme sem fim é para o espectador completar com sua prodigiosa imaginação, isso é conversa pra boi dormir! Mas tem gente que gostou, (comentário positivo neste link) então lá vai...
FICHA TÉCNICA Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2005
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Francês
Legenda: Português
Tamanho: 421 mb


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7 de jan. de 2010

Filme: 35 Doses de Rum, dir. Claire Denis, 2008

RAZOÁVEL PRA INDIFERENTE

Outro exemplo de que o domínio da técnica não faz um grande artista. Neste filme em que nada acontece, fica clara a falta do que dizer do diretor. Tem acontecido muito no mundo de hoje: uma onda de mauricinhos e patricinhas que acham chique ser artista, estudam cinema nos EUA, França, Alemanha, Canadá, mas não têm o que dizer, dá nisso.
Como tem gente que gostou, coloco aqui.

Sinopse: "Lionel é um condutor de trem que vive num complexo habitacional com sua filha, Josephine, com quem tem fortes laços por tê-la criado sozinho. No mesmo apartamento moram Gabrielle, uma taxista que vez de tudo para atrair a atenção de Lionel, e Noé, um jovem solitário apaixonado por Josephine.
Uma das mais interessantes cineastas francesas da atualidade, Claire Denis fez com “35 Doses de Rum” um drama sobre o movimento (ou falta de). Lionel e Gabrielle trabalham em meios de transporte, enquanto Noé está constantemente viajando por causa de compromissos profissionais. Apesar de todo este movimento, nada marca tanto no filme quando a situação estática dos personagens, em especial Josephine. Jo, como é chamada pelos amigos, parece presa a sua rotina curso-trabalho-casa e deixa sua vida social totalmente de lado.
Diretamente relacionada a inércia do quarteto principal, a dependência também é tema no longa. Lionel depende da filha e se sente culpado por isso, apesar de não agir para mudar a situação. Por outro lado, Gabrielle e Noé desenvolveram uma dependência ainda maior pelos vizinhos, fazendo com que peregrinem pelos corredores do complexo habitacional talvez na expectativa de encontrar com um deles.
“35 rhums” (no original) traz as marcas do cinema de Claire Denis, como os planos sutis e não redundantes, ou seja, a diretora não assumi a posição de preencher lacunas, deixando esta para o espectador. O único momento do filme em que Denis resolve explicitar o que estava subentendido acaba sendo uma das cenas mais infelizes do mesmo, que é aquela em que um grupo de estudantes debate o espaço dos imigrantes na capital francesa. A diretora é bem sucedida ainda ao retratar uma Paris à margem do cartão postal. Esqueça a Torre Eiffel, o Senna ou Notre Dame, o longa é passado no subúrbio da Cidade Luz".



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Filme: Sombra, dir. Philippe Grandrieux, 1998

RAZOÁVEL PRA RUIM

O que torna uma pessoa artista? É a paixão por sua arte? Infelizmente não. O que torna uma pessoa artista é o raro encontro entre a capacidade de se posicionar em relação ao mundo e de adquirir a técnica necessária para expressar essa posição. Mas por que tantos artistas medíocres? Porque são, de fato, apenas apaixonados pela técnica da expressão e não conseguem assimilar o mundo que os cerca (História, classe social, conhecimentos de época, consciência, valores, virtude, vício, paixões, egoísmo, altruísmo, família, política, pactos, liberdade, dor, alegria etc.). O bom cineasta não é simplesmente aquele que domina o jogo de luzes, o bom escritor não é aquele que só domina a escrita, o bom pintor as figuras e cores etc. o artista de verdade é mais raro do que se imagina e sem aquela combinação atrás citada não se torna grande nunca.
Este filme é um exemplo disso, percebe-se que o diretor é apaixonado por cinema, domina a película como ninguém, sabe jogar com o escuro e com os sons (capacidades técnicas raras), mas não tem uma posição sobre a realidade, é vazio, não tem nada pra dizer.
Em suma, o artista verdadeiro não é aquele que descobre um... "como contar" (as faculdades e cursos produzem esses tipos aos montes, de modo industrial até) é aquele que tem "o que contar", não é o caso desse filme. Tomei esse como exemplo, mas podia tê-lo feito com os filmes do Lars, com a literatura que está hoje nas prateleiras, com os movimentos concretistas, com a poesia moderna, com os abstratos, com os Warhols da vida, ou da maioria que se acha cult. Eles têm em comum uma técnica apurada para produzir irrelevâncias, nesse caso, abordar um clichezaço ianque: mais um serial movie sobre serial killer sem o pastel de sangue de um "Assassinos por Natureza"!

Outro tipo de comentário por Marcelo Miranda:
http://www.filmespolvo.com.br/site/eventos/cobertura/756

Sinopse: "Jean viaja pela França, levando como bagagem apenas suas marionetes e uma fantasia de lobo. Ele violenta as mulheres que encontra e depois abandona o corpo sem vida num quarto de hotel, num bosque ou às margens de um rio. É desajeitado, mal sabe falar e vive à margem da sociedade. Um dia, conhece Claire, uma jovem com o carro quebrado à beira da estrada. Ela talvez re- conheça nele, na sua falta de jeito e grosseria, a mesma coisa que também a força, sombriamente, às fronteiras do coração".

Direção: Philippe Grandrieux
Roteiro: Philippe Grandrieux, Sophie Fillières e Pierre Hodgson
Título Original: Sombre
Origem: França
Duração: 115 min
Idioma: Francês
Legendas: Português
Formato: rmvb




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1 de jan. de 2010

Filme: To Verdener (Worlds Apart, Mundo à Parte ), dir.Niels Arden Oplev, 2008

RAZOÁVEL PRA BOM

Drama dinamarquês que explora o conflito entre os dogmas dos "Testemunhas de Jeová" e os hábitos ocidentais (eles não devem ter gostado do filme, é lógico). Obviamente há um tanto de exagero no rigor dos preceitos explorados, principalmente porque o olhar da obra é ocidentalizado.
Aproveitando o tema, podemos acrescentar que acreditar em que o sol nascerá amanhã é tão indemonstrável, tão ilógico quanto acreditar em deus (isso, é minúscula mesmo porque sou ateu), toda nossa projeção ao futuro _"o sol vai nascer amanhã, tudo que sobe desce, etc." é baseada em crença. O problema das superstições religiosas não está na crença em si, já que todo humano faz uso desse artifício, mas na doutrinação, os crentes não se contentam em acreditar, eles querem transferir à força suas crenças, supostamente eternas e universais, ignorando que cada cabeça é capaz de criar seus próprios hábitos mentais, suas próprias certezas para se relacionar com a realidade, ou seja, toda religião é autoritária, geralmente busca poder e controle, logo merce ser ignorada.
O filme é meio morno, mas é assistível. Os atores não são brilhantes, porém não estragam as cenas, a trama é meio clichê: mocinha religiosa se apaixona por rapaz de fora da seita e a família o renega.

Ficha Técnica:
Título Original: To verdener
País de Origem: Dinamarca
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 116 minutos
Ano de Lançamento: 2008
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Nordisk Film
Direção: Niels Arden Oplev



SINOPSE: "A filha de um casal Testemunha de Jeová é forçada a escolher entre a religião e o amor quando se apaixona por um rapaz que não pertence à fé de sua família".

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